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тιago, 18 anos. Um rapaz como os outros que encontra demasiadas coisas por entre as coisas que devem ser notadas. E este é um espaço meu, entre todas as outras coisas.


 


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Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012

Chega.

 Os momentos em que sabes que tudo pode ficar melhor.

(...) Mas seria preciso mudar coisas que dificilmente mudarão.

 

 

Neste momento deveria estar a rir-me num jantar de amigos. Deveria, caso não tivesse cancelado praticamente à última da hora. A verdade é que hoje não estou muito para felicidades ou assim. Estou meio triste. Os professores só me sabem dizer que não vou longe, como se eu quisesse usar a escola para atingir o topo de algo. A minha auto-estima está de pé, consciente. E está a lamentar-se. A lamentar-se do porquê de tanta cerimónia para termos um futuro quando tudo o que queremos é ser felizes agora. Eu não quero precisar daquilo que não quero. Mas sei que esta obrigação me vai torturar até que eu a cumpra. Desistir não consta nas opções. Portanto é manter-me rijo. Mas os sentimentos aí entram em colapso. E é por eles que me guio. As dores de cabeça, uma certa vontade de chorar e o desejo de ser abraçado por alguém que ainda não me tenha mostrado o quanto gosta de mim, são tudo consequências do que não está bem. É como se fosse obrigado a viver neste plano, e isso limita-me tanto. Quer o mundo acredite ou não, sentir-me preso revolta-me. Deixa-me mal. Seguramente mal. É horrível precisar de respirar uns duzentos litros de ar quando só nos dão vinte. O pior é que nem nos dão. Foi o que até agora consegui. E eu devia chegar mais longe. Mas estou cansado. Farto de quem não tem de me perceber e não me percebe e me dá a entender que quem tem de se dar a entender sou eu. Não creio nunca que isso venha a acontecer. Isto de seguir o coração faz-me tão bem. Mas querem torná-lo na razão de eu provavelmente não vir a ser ninguém socialmente. Eu não o quero ser, mas querem obrigar-me a sê-lo. Dêem-me espaço, pessoas. Deixem-me viver. Eu e a minha vida. Da forma mais própria que uma vida pode ser vivida, seguindo sentimentos. Talvez eu seja um ser pertencente a outra parte. Portanto, deixem de me obrigar a ser acolhido. É isso: eu não quero fazer parte de vocês. Não se para isso tenho de perder a minha identidade. E já me vejo a perdê-la lentamente. Mas não, eu não vou deixar que no fim não reste nada.

Chega de limites.


left by тιago às 22:19
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De copodeleite a 28 de Janeiro de 2012 às 14:51
obrigada. :)
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deves ser o "palhaço do grupo" no bom sentido da palavra
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torna-se cada vez mais evidente nos teus textos a tua fraca disposição para os estudos, alias, para tudo o que tira a liberdade (mas é apenas a minha opinião)


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